Upper

Material do upper nas sapatilhas de running

O material do upper define em grande parte o tipo de sapatilha e o perfil do corredor a que se destina. Afeta diretamente o peso, a respirabilidade, a capacidade de ajuste ao pé e a resposta durante a corrida.

A escolha do material é fundamental para conseguir uma sapatilha que ofereça o equilíbrio perfeito entre suporte, leveza e conforto. Também condiciona o comportamento da sapatilha em diferentes condições climáticas e distâncias.

Materiais naturais

Embora cada vez menos comuns no running, alguns modelos continuam a usar materiais naturais como a pele, principalmente em sapatilhas de trail running ou em modelos lifestyle com inspiração retro.

A pele, especialmente a de canguru ou bovina, oferece um ajuste confortável devido à sua capacidade de adaptação ao pé e transmite uma sensação premium no acabamento. No entanto, o seu peso e baixa respirabilidade tornam-na menos adequada para o rendimento técnico.

  • Excelente ajuste ao pé graças à sua capacidade de ceder nas zonas de pressão.
  • Sensação premium e maior durabilidade estrutural.
  • Maior peso.
  • Baixa respirabilidade e absorção de água.
  • Menor presença em modelos de alto rendimento.
Materiais naturais

Materiais sintéticos

Os materiais sintéticos dominam o mercado do running pela sua versatilidade, leveza e capacidade para oferecer soluções técnicas avançadas. Aqui distinguimos principalmente dois tipos:

Microfibras sintéticas

Leves, resistentes e com grande capacidade para repelir a água. Além disso, permitem um maior controlo sobre o design e a personalização do ajuste. São comuns em sapatilhas direcionadas para treino ou competição, onde se procura uma alta relação entre durabilidade e peso reduzido.

Knit ou tecido técnico

Desde a sua chegada ao mundo do atletismo, os uppers do tipo knit revolucionaram o calçado de running. Estes tecidos de malha permitem criar uma estrutura sem costuras, altamente respirável, flexível e extremamente leve. Alguns modelos combinam o knit com reforços estratégicos para manter a estabilidade sem perder a naturalidade do movimento.

  • Máxima leveza. (isto aplica-se apenas ao tecido knit, não às microfibras)
  • Excelente respirabilidade.
  • Ajuste tipo meia nos modelos knit. (isto aplica-se apenas ao tecido knit, não às microfibras)
  • Opções estéticas quase ilimitadas.
  • Alguns tecidos knit oferecem menor estrutura e suporte lateral.
  • Nas microfibras, o ajuste não melhora com o uso, ao contrário do que acontece com a pele.
  • Em certos casos, menor durabilidade em zonas de maior desgaste.
Sintético